FRAG MENTOS DE UM DISCURSO AMOROSO

FRAG MENTOS DE UM DISCURSO AMOROSO
) de certeza que há pão e dança e sons e pés - fot pete kehrle lovers for love





Dois poderosos mitos fizeram-nos acreditar que o amor podia, devia sublimar-se em criação estética:


- o mito socrático ( amar serve para criar uma multidão de belos e magníficos discursos )


- e o mito romântico ( produzirei uma obra imortal escrevendo a minha paixão )



[
roland barthes fragmentos de um discurso amoroso 1977







TAC novembro TAC janeiro - TIC s(em TAC




um quase verde verde claro plurisignificante de folhas de febre balbuciada oxídrica


rasgada dum langor residual sempre mais e mais encostada nessa tua estação poliédrica adentrando - explosiva a parir


piando o comboio final


multiplicar coisas muito depressa a tresmalhar a transumar
farejar pressentir no vento a equação sem número visível, a equação da pura fibra


atravessar-chamar r r 


( haveremos tempo depois de protagonizar
a floração irregular e a hibridez das florestas a sustenção ajardinada dos suspiros frutificando o medo



reluzências de fios lianas lilases
aos soluços a crescer insuprtáveis - take me
[ eu - as vezes que dizemos eu a extrair eu eu eu de mim real
eu nós nós eu-me dente-ex-traído- take me up


insaturadas hortas de fomes comendo as cenouras
pequeninas resilientes laranjais e cânticos flutuando desmembrados
fragmentos mutações do discurso amoroso - puras crenças doçuras de pedra eu de-leite e eu de-coalho


eu me parto então fragmento do puzzle do novo discusro amoroso a soltar-se incoerente do autor - arrepiado
eu de novo parto em-tu em-tu quase perto me-parto


éter sorvo-atravesso rios existências fantasmas-de-asa
a inchar inocente do mundo que des-sei
[ tanta biologia desperdiçada aprendida à custa de gritos rutilante de rios de signos que me ensurdecias antigamente

murmuro sozinha as patadas que riam assim jaja
aquáticos imóveis irreversíveis inamovíveis perfeitos leitos de carne vazios
nadas de  charadas sem nexo- que não entendia



tu sempre a rir aloucadamente
a passar e repassar carris - a repetir como o braço dos gatos chineses
o adeus da chegada que era partida que era
passagem - o meu corpo parado era tão-só paisagem
 e rio e o rio tranbordando e eu: peixes líquidos de olhar
a correr ao contrário


[ nove mbro 2010

3 comentários:

ROSASIVENTOS disse...

setembro 2009 ( parte uma - de duas,

mixtu disse...

quando o rio transborda
de peixes...

de sentires...

quando, simplesmente... transborda...

mixtu disse...

abrazo serrano

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